viagem de bike

Como se preparar para uma viagem de bike?

Rodrigo Del Claro

Você está decidido: quer fazer uma viagem de bike inesquecível!
Montou um roteiro, separou um orçamento para isso e está arrumando as malas para pedalar em um cenário especial – seja em outro estado ou até mesmo outro país.

Uma bike trip com certeza é uma experiência sem igual. Imagine só: vivenciar por alguns dias um pouco da liberdade que você sempre buscou. E se for ao lado de amigos ou de outros apaixonados por bike, melhor ainda.

Mas a logística para fazer uma viagem de cicloturismo (principalmente para o exterior) não é tão simples. Por isso, separamos algumas dicas que vão te ajudar a ter uma bike trip tranquila e sem perrengues. Bora conferir.

O planejamento é o seu melhor amigo!

Uma viagem de bike depende de um planejamento bem feito para ocorrer sem grandes percalços. Pode até parecer fácil, mas não é simplesmente sair pedalando por aí.

A preparação deve ser feita com bastante antecedência, e a resposta para algumas perguntas precisa estar na ponta da língua. Por exemplo: você vai fazer percursos de dificuldade alta ou moderada? Vai levar a sua bike de casa ou alugar no destino?

Também é importante adaptar os trajetos à sua condição física, para garantir que tudo transcorra em segurança, assim como levar o equipamento adequado.

1. Levar a sua bike ou alugar?

    Essa é uma das primeiras decisões que você precisa tomar. É ótimo pedalar com a sua própria magrela, mas será que é a melhor opção no caso de uma viagem internacional? Vamos aos números:

    Transportar uma bike para fora do país custa cerca de US$ 150 dólares por trecho. Ou seja, ida e volta saem por aproximadamente US$ 300, ou pouco mais de R$1.600 na cotação atual.

    Ah, e outro detalhe importante: existe um jeito certo de levar bicicletas no avião. Elas precisam (obrigatoriamente) estar em um compartimento especial chamado de mala bike. Esse equipamento custa mais ou menos R$ 2 mil, em média – mas também pode ser alugado.

    Tudo certo com o avião? Ótimo. Mas não esqueça que você também vai precisar levar a bike do aeroporto até o destino do passeio. Táxis um pouco maiores (quase sempre do tipo minivan) ou carros de aplicativos adaptados são boas opções. Porém, lembre-se de que esses veículos maiores custam um pouco mais caro.

    Dica extra: Faça uma revisão completa da sua bike antes de viajar. Deixá-la em condições ideais para rodar é essencial para evitar contratempos no seu roteiro.

    2. E alugar uma bike? Vale a pena?

      O aluguel de bike no exterior custa, em média, entre US$ 30 e US$ 50 por dia, dependendo do modelo, da cidade e da empresa de locação. O aluguel garante um pouco mais de praticidade, porém o preço pode ficar um pouco alto se a sua viagem incluir mais de dez dias de pedal, por exemplo.

      Ou seja, o tempo que você vai passar pedalando é um fator essencial na hora da escolha. Em uma viagem curta, talvez seja mais vantajoso optar pelo aluguel. Num pedal mais longo, levar a sua bike pode ser mais atrativo.

      3. Qual a bike ideal para pedalar fora do Brasil?

        Na grande maioria dos casos, as road bikes são uma boa opção para pedalar no exterior. Especialmente na Europa, as estradas mais usadas pelos ciclistas têm asfalto de boa qualidade. Os motoristas europeus também estão acostumados com as bikes, garantindo mais tranquilidade no passeio.

        Recentemente, também tem crescido a procura pelas bicicletas gravel – que andam melhor em estradas de terras ou caminhos mais acidentados, mas também podem rodar no asfalto.

        4. Use roupas e equipamentos adequados

          Quando o assunto é roupa, não tem muito segredo: leve pelo menos três kits básicos que incluam camisa, bretelle, meia e luva. Mesmo que você vá viajar no verão, não se esqueça de levar jaquetas corta-vento e também algumas opções de segunda pele.

          Em roteiros de montanha, especialmente em longas descidas, não é tão incomum haver casos de hipotermia se o ciclista não estiver bem protegido. Por isso, vale sempre aquele velho ditado: nunca subestime a natureza.

          E os equipamentos? Para pedalar seguro, não se esqueça de levar: capacete, óculos, sapatilha e GPS. Detalhe importante: se você usa pedais com medidor de potência, leve também o carregador – esse tipo de peça é muito difícil de ser encontrado em outros países.

          5. Prepare-se fisicamente

            Qual será o nível de intensidade dos exercícios durante o passeio? Essa é uma informação que você já precisa ter durante a organização da viagem, beleza?

            Para garantir um pedal prazeroso e seguro, é preciso estar fisicamente bem preparado. Nos meses anteriores à viagem, saia para pedalar pelo menos três vezes por semana. Você pode fazer trajetos de 50 a 60 quilômetros em dias úteis e de 80 a 100 quilômetros nos finais de semana, por exemplo.

            Uma boa alimentação também é essencial. A falta de nutrientes pode levar a um colapso físico, gerando inconvenientes desnecessários. Durante os exercícios, tenha sempre à mão frutas secas ou naturais (uma boa dica é fazer uma trouxinha e enrolá-las em papel filme), barrinhas de cereal ou gel.

            E não se esqueça da hidratação! As bicicletas possuem pelo menos dois suportes para caramanholas de 500 a 700 ml cada.

            6. Não fique sem comunicação

              Quando você viaja para outro país – seja em uma bike trip ou não – é imprescindível estar sempre com acesso à internet.

              Atualmente, todas as empresas de telefonia possuem serviços de roaming internacional. Caso prefira, também existem os chips pré-pagos por preços superacessíveis – geralmente custam menos de R$ 100 por mês.

              Estar comunicável é fundamental em casos de imprevistos, como se perder ou se machucar durante o percurso.

              7. Viaje sempre em grupo

                Existem diversas razões para fazer uma viagem em grupo, ao invés de se aventurar sozinho para pedalar em outro país.

                A primeira delas é econômica: as contas podem ser divididas se você estiver acompanhado por outras pessoas. Um exemplo: contratar um guia pode custar 100 euros por hora. Sozinho, este valor seria pago por você de maneira integral. Em um grupo de 10 pessoas, você pagaria apenas 10% do total. Compensa, não é? O mesmo raciocínio vale para hotéis, refeições, transportes e por aí vai.

                Outro ponto importante é a segurança. Viajar sozinho pode ser perigoso em determinadas localidades, especialmente se você se perder ou tiver algum problema mecânico.

                Mas, além da economia e da segurança, uma das principais vantagens de viajar em grupo é a diversão. Compartilhar experiências, trocar figurinhas e descobrir juntos novos lugares fazem toda a diferença e tornam a viagem de bike ainda mais inesquecível.

                8. Contrate um serviço especializado

                  Além de viajar em grupo, outra dica preciosa é: contrate um serviço especializado.

                  Atualmente, há quem organize tudo para você: rotas, hotéis, restaurantes, transportes e até o apoio de profissionais do ciclismo. São empresas com know-how para assegurar passeios agradáveis e evitar encrencas – como pedalar por estradas onde o ciclismo não é permitido ou se hospedar em hotéis que não aceitam bicicletas.

                  E você sabia que nós do Clube Santuu lançamos recentemente a nossa própria bike travel experience? Sim, o Clube Santuu Travel. Ao viajar com a gente, você pode participar de grupos exclusivos, conhecer alguns dos locais mais desejados pelos ciclistas e fazer novas amizades. Montamos nossos roteiros com os melhores nomes do mercado.

                  Quer viajar com a gente? Bora pedalar!

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